Diante da Noite

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Clamando em toda a Terra há sofrimento insano,

Ao látego da dor que vibra estrada afora,

Abrindo sem cessar, em sombra que apavora,

Os conflitos do mal escuro e desumano.

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Enquanto o mundo hostil se despedaça e chora,

Desditoso e revel no extremo desengano,

Abre teu coração ao Cristo soberano

E aguarda a nova luz da sublimada aurora.

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Ruge, em torno de nós, a tempestade imensa...

O aquilão da impiedade e o frio da descrença

Trazem negrume e lama à carne transitória.

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Somente com Jesus a alma operosa e atenta

Vive acima da treva e acima da tormenta,

Prelibando o esplendor da suprema vitória.

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( Amaral Ornellas)

Do Livro  "Através do Tempo", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

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