terça-feira, 26 de outubro de 2010

E o Adúltero?

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“E, pondo-a no meio, disseram-lhe:
 Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.”
 (João, 8:4)
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O caso da pecadora apresentada pela multidão a Jesus envolve considerações muito significativas, referentemente ao impulso do homem para ver o mal nos semelhante, sem enxergá-lo em si mesmo.
Entre as reflexões que a narrativa sugere, identificamos a do errôneo conceito de adultério unilateral.
Se a infeliz fora encontrada em pleno delito, onde se recolhera o adúltero que 
não foi trazido a julgamento pelo cuidado popular? 
Seria ela a única responsável?
 se existia uma chaga no organismo coletivo, requisitando intervenção a fim de ser extirpada, 
em que furna se ocultava aquele que ajudava a fazê-la?
A atitude do Mestre, naquela hora, caracterizou-se por infinita sabedoria e inexcedível amor. 
Jesus não podia centralizar o peso da culpa na mulher desventurada e, deixando perceber o erro geral, indagou dos que se achavam sem pecado.
O grande e espontâneo silêncio, que então se fez, constituiu resposta mais 
eloquente que qualquer declaração verbal.
Ao lado da mulher adúltera permaneciam também os homens pervertidos, que se retiraram envergonhados.
O homem e a mulher surgem no mundo com tarefas específicas que se integram, contudo, num trabalho essencialmente uno, dentro do plano da evolução universal. 
No capítulo das experiências inferiores, um não cai sem o outro, porque a ambos foi
 concedido igual ensejo de santificar.
Se as mulheres desviadas da elevada missão que lhes cabe prosseguem sob triste destaque no caminho social, é que os adúlteros continuam ausentes da hora de juízo, tanto quanto no momento 
da celebre sugestão de Jesus.
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(Do livro "Pão Nosso", pelo Espírito Emmanuel, Francisco C. Xavier)
TODOS OS CRÉDITOS AO AUTOR ACIMA.
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