sábado, 12 de março de 2011

Jesus

*
Quanta vez, neste mundo em rumo escuro e incerto,
O homem vive a tatear na treva em que se cria!
Em torno, tudo é vão, sobre a estrada sombria,
No pavor de esperar a angústia que vem perto!...
 *
Entre as vascas da morte, o peito exangue e aberto,
Desgraçado viajor rebelado ao seu guia,
Desespera, soluça, anseia e balbucia
A suprema oração da dor do seu deserto.
 *
Nessa grande amargura, a alma pobre, entre escombros
Sente o Mestre do Amor que lhe mostra nos ombros
A grandeza da cruz que ilumina e socorre;
 *
Do mundo é a escuridão, que sepulta a quimera...
E no escuro bulcão só Jesus persevera,
Como a luz imortal do amor que nunca morre.
 *
(Alberto de Oliveira)
Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
TODOS OS CRÉDITOS AO AUTOR ACIMA.

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