sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Inesperada Renovação

*
Naqueles momentos em que reconhecia desligado do corpo físico, o homem acabrunhado sentia-se leve,
 feliz ...
Extasiado na excursão que se lhe afigurava um sonho prodigioso alcançou o recanto luminescente em que notou a presença do Cristo.
 Reverente, abeirou-se dele e rogou:
- Senhor! ... Ouve-me por misericórdia! Amo-te e quero servir-te ...
Desde muito tempo, aspiro a matricular-me na assembléia dos que colaboram contigo na redenção das criaturas ... 
Anseio auxiliar aos outros, entretanto, Amado Amigo, estou preso! ... 
Livra-me do lar onde me vejo na condição do pássaro encarcerado ... 
Moro num ninho de aversões.
 Meu pai, talvez, cansado de conflitos estéreis, relegou-nos à própria sorte ... 
Minha mãe exerce sobre nós um despotismo cruel.
Trata-nos a nós, seus filhos, à maneira dos objetos de uso particular, flagelando-nos com as exigências de pavorosa afeição possessiva ... 
Meus dois irmãos me detestam ...
 Senhoreiam indebitamente o que tenho e me humilham a cada instante.
 Se concordo com eles, me ridicularizam e se algo reclamo, ameaçam-me com perseguição e espancamento! 
Libera-me, Senhor, da prisão que me inibe os movimentos ... 
Quero agir em teus princípios, amar e servir, qual nos ensinas-te ...
Ante a ligeira pausa que se fez, Jesus fitou o visitante compassivamente e alegou:
- Lembro-me de tuas solicitações anteriores ...
 Estavas de passagem, aqui mesmo, na direção do berço terrestre, acompanhado de amigos prestigiosos,
Declaravas-te sequioso de ação no bem e os teus companheiros endossavam-te as afirmativas.
 Dizias-te ansioso no sentido compartilhar-nos as tarefas ...
Entendo-te, sim ... A construção do amor é inadiável ...
- Senhor – observou o consulente, respeitoso – se entendes o meu ideal e se as minhas petições já se encontram aqui registradas, quem me situou no lar terrível, no qual me reconheço, afeição de um doente, atirado a um serpentário.
O mestre sorriu e considerou:
- Acreditando em teus propósitos de colaborar conosco, quem te enviou a família em que te encontras, fui eu mesmo ...
Surpreendido com a inesperada revelação, o visitante do Mundo Espiritual experimentou estranha sensação de queda e acordou no próprio corpo.
La fora, os irmãos deblateravam contra a vida, reportando-se a ele com injuriosas palavras.
Ele, porém, assinalou os insultos que lhe eram endereçados com novos ouvidos, no silêncio de quem havia conquistado o troféu de profunda renovação.
***
Meimei
(Psicografado por Francisco Cândido Xavier)
(Do Livro Deus Guarda)
Todos os créditos a Autora acima
Volte Sempre
Eu amo sua visita
Fique com Deus
Beijos em seu coração com cheirinho de Jasmin

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