domingo, 27 de maio de 2012

Sementes de Paz

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Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência.
Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.
(Mahatma Gandhi)
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Foi ao ver a edição de um jornal francês, que o chamava mercador da morte, aliado ao seu desgosto pelo uso militar dos explosivos que criara, que Alfred Nobel resolveu reverter a situação.
Ao morrer, deixou em testamento valiosa quantia para a fundação de instituição que, anualmente, deveria recompensar pessoas que prestassem grandes serviços à Humanidade, nos campos da paz, da literatura, da química, da fisiologia ou medicina e da física.
No ano de 2004, o Prêmio Nobel da Paz foi entregue a Wangari Maathai, constituindo-se a primeira vez que uma ambientalista conquistava a honraria. Também a primeira vez que a África recebia a distinção.
Boa parte da comunidade internacional reagiu ao anúncio da escolha de Wangari Maathai como vencedora do Nobel.
Ela recebeu o prêmio, concorrendo com gente graúda como o chefe da agência internacional de energia atômica e inspetor de armas da ONU, o egípcio Mohamed El Baradei.
Ela foi, em verdade, uma colecionadora de títulos inusitados.
 Ainda jovem, teve a chance de completar os estudos fora do país. Formou-se em biologia e fez mestrado nos Estados Unidos.
De volta para o Quênia, tornou-se a primeira mulher a coordenar um departamento na universidade de Nairóbi.
Vencendo o preconceito dos colegas, todos homens, dirigiu a faculdade de medicina veterinária, onde se tornou a primeira mulher da África Central a alcançar o título de PHD.
Em verdade, foi em 1977 que a doutora Maathai começou a chamar a atenção do mundo ao criar o Movimento Cinturão Verde.
O objetivo era audacioso: recrutar mulheres negras e pobres para reflorestar o país.
O Quênia sofria com o desflorestamento acelerado causado pela necessidade de lenha.
Sem infraestrutura na área de energia, boa parte da população precisa de lenha para cozinhar e se aquecer nos meses de frio.
O desflorestamento acelerava a desertificação do solo, a perda de biodiversidade, a morte dos rios e nascentes, o desaparecimento de animais, que passaram a buscar refúgio em outras áreas distantes e, cada vez mais dificuldade de encontrar lenha.
Essa extraordinária mulher conseguiu reverter o processo de destruição das áreas verdes.
O cinturão verde promoveu o plantio de nada menos de trinta milhões de mudas de árvores no Quênia, gerando emprego e renda.
Ela também criou a Rede Africana Verde, que disseminou suas práticas pelo continente, formando lideranças em quinze países africanos.
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Afirmava ela: Quando plantamos árvores, plantamos sementes de paz.
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 E tinha razão porque o  reaparecimento das florestas evita o aumento dos índices de pobreza e miséria, que precipitam as estatísticas de violência.
A doutora Maathai desencarnou, aos setenta e um anos, num domingo de primavera, após grande e valente luta contra um câncer, conforme nota divulgada pela família.
Deixou como legado a luta obstinada contra o machismo, a pobreza e a destruição sistemática do meio ambiente.
Retornou exitosa ao mundo espiritual, deixando-nos um exemplo de que o bem se semeia de muitas formas, inclusive plantando árvores.
Que possamos nela nos espelhar.
 ***
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Missão
cumprida, de André Trigueiro, publicado no Correio fraterno do ABC,
de setembro/outubro de 2011.
Em 15.05.2012.
Todos os créditos ao:Momento Espírita
VOLTE SEMPRE.
EU AMO SUA VISITA.
FIQUE COM DEUS.
BEIJOS EM SEU CORAÇÃO COM CHEIRINHO DE JASMIM.

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